20 de setembro de 2012

Mas é que tou méme feliz, pá!

Mas que alegria! Que estupenda e bendita altura para ser eu. Eu próprio! Eu estou completamente fantástico. Excelente! Bombástico!

Sou um típico esquilo feliz com a sua colheita para o Inverno. Uma pulga gorda com sangue de um jovem de 7 anos. Sou uma pita com um cachecol da Bershka. Todos eles exemplos do prazer máximo que se pode atingir. Sai da frente Carpe Diem, o Carpe Pedro está a chegar e não sabe latim!

Não, não é ironia. É pura e simplícissima felicidade de quem está bem. Não tenho nada com que reclamar... Sou um Alberto Caeiro sob o efeito de xanax.

E essa merda irrita-me!

Porra, olha só para ele todo solarengo, a saltitar que nem um coelho rabeta para cima de cenouras. Olhem só para a felicidade que, como raios cósmicos,  é disparada em todas as direcções, penetrando raparigas, rapazes, cães, polícias, sou a versão nickelodeon de um violador em massa.

Estou farto deste novo sentido na vida que encontrei. De acordar com um bom motivo para ir trabalhar. De gostar dos meus colegas de trabalho e da malta do humor com quem me dou.
Estou farto de saber que tenho excelentes amigos e uma família fantástica.

Mas ca granda merda. Assim nunca mais me torno escritor. Não tenho paranóias, não tenho nenhuma negritude que me emporque o coração assim como um obeso numa sanita do McDonald's.



Estou tão bem na vida que dou por mim a sorrir sozinho. (QUEM DIRIA CUARÁ?)
Estou tão bem na vida que dou por mim a reduzir em 40% as minhas piadas de cocó, meita e outros aditivos. (É CHOCANTE!)
Estou tão bem na vida que, agora, só falta arranjar uma namorada que me compreenda e apoie que, foudasse, estou num conto de fadas! (MAS BRINCAMOS OU QUÊ?)

Com licença que vou só comprar uma saia cor de rosa e uma varinha mágica, embarcar no meu foguetão larilas e viajar até ao planeta da Benneton, onde tudo é perfeito, e os saldos são a 60%.

Ou isso ou vou enfiar uma garrafa de vodka pela goela e pagar a dois gunas para me tirarem a paneleirice à pancada.

Acho que vou mais nesta última.

11 de setembro de 2012

Eu Quero Um Urso!

Há poucas coisas que podem satisfazer um Adónis como eu. A maior parte delas envolve a criação de um vórtice de caos apenas suplantado pela destruição causada por um epiléptico numa pequena cidade LEGO.

Eu e os meus colegas de casa temos discutido sobre arranjar um animal de estimação cá para casa.
Há um que preferia ter um cãozito, o melhor amigo do homem. Outro preferia ter um gato, um animal ultra-fofo e independente. Ambos têm qualidades, porém...

Eu quero um Urso!!!

Isso mesmo!  Um urso selvagem, um mamífero gordo comedor de salmão e estrela de televisão em part-time.

Imaginem todas as coisas que eu poderia fazer com um urso debaixo do braço! Não conseguem? Dêem-me licença então de fazer uma lista:

- Ir a um indiano comer um kebab. O urso comia o indiano.
- Desfrutar de uma sessão de cinema à meia-noite sem me preocupar com malfeitores e casais românticos.
- Encontrar-me com raparigas para um café sem receio de levar um não.

Tentei apresentar esta lista aos meus colegas de casa, esperei pela sua reacção e eles argumentaram que não era prático e que não iríamos arranjar um urso.

Eu, muito educadamente, aceitei a opinião sensata deles.


Numa história não relacionada, ando à procura de dois novos colegas de casa. Quem quiser se candidatar, mande-me uma foto de corpo inteiro e uma carta de motivação a explicar as razões porque gostam de ursos e em como vocês querem viver com um.

Eu sei o que estão a pensar..."Oh Pedro, isto não é uma beca aleatório?". Bem, para todos vocês que pensam isso, mandem-me um comentário com a vossa morada e eu prontamente vou enviar um urso treinado em artes marciais e socorrismo para a vossa casa.

Ele vai dar a tareia da vossa vida, mas depois trata das feridas. É a versão animal de um supositório.

E agora uma lista com os "Se"'s que eu tenho, se eu tivesse um urso.

Se eu tivesse um urso jamais ficaria sozinho, podia abraçá-lo e alimentá-lo com salmões transgénicos.

Se eu tivesse um urso poderia montá-lo para o supermercado no Pingo Doce e pagar compras de um valor abaixo de 20€ com cartão multibanco.

Se eu tivesse um urso subiria para cima dele, e iria ursalgar paisagem acima, até à terra da felicidade, onde unicórnios servem gelados de chocolate e baunilha todo o dia e ninguém te chateia pela tua falta de originalidade em ingredientes, viveríamos juntos num T0, apanhávamos grandes bebedeiras e o mundo seria fantástico.

Mesmo fantástico.

1 de setembro de 2012

O Meu Prédio de Merda

Eu até recentemente vivia numa casa de merda. E quando digo merda, estou a usar um eufemismo. Se Lúcifer desse um peido e esse peido ganhasse vida como uma entidade (e andasse por aí com uma capa vermelha) e depois cagasse uma diarreia de merda infinita, o resultado de tal acto jamais chegaria a metade do que a casa onde vivia era.

A casa era tão má que afastava as prostitutas e os travestis para o fundo da rua.
Não é que eu me importasse muito, mas um bocadinho de vida no nosso prédio (para além das seitas religiosas constituídas por baratas e aranhas) seria sempre positivo. VIH positivo, quero dizer.

Na minha terceira semana na casa do Demo, recebemos um aviso, por parte da Câmara Municipal de Lisboa a dizer que a casa onde vivíamos era uma merda. Escrito com cocó.

Ok, agora estou a exagerar, foi apenas um aviso a dizer "PRÉDIO PARCIALMENTE DEVOLUTO", que por outras palavras quer dizer : "Esta merda está a cair, a apanhar fogo e sida daqui a nada". Nunca viram um prédio com sida? Bem se o ser humano apanhou sida por pinar macacos na selva, um prédio com sida não me faz confusão nenhuma!

Já pensaram bem nisso? Alguém realmente achou que pinar um macaco era boa ideia. Quanto mais ele pode alegar que foi violado por um gorila tarado. Até podia resultar. Ou até alegar que "escorregou numa banana".


Agora, saí dessa casa e comecei a viver num palácio! Uma casa que me mete a chorar de tanta alegria todos os dias que acordo aqui e não sou cumprimentado por uma barata de chapéu de coco e bengala.

Agora finalmente posso subir até à sala (exactamente, subir! Duplex baby!) e fazer aquilo que sempre gostei de fazer quando me sinto feliz.

Fui comer bolachas e masturbar-me.  O que curiosamente foi também a forma como as Oreo foram inventadas!