12 de fevereiro de 2013

Como um Peido salvou Portugal

Bem-vindos a mim! Uma explosão metafísica que vos toca. Aí está um imagem linda!

Não tão linda como um golfinho azul-bebé a montar um pónei, claro. A não ser que o verbo montar signifique isto:

Mas deixemo-nos de peripécias ilusórias e de fogo de vista. Vamos ao humor inteligente e perspicaz. Hoje venho falar de peidos importantes na história da Humanidade.

Muita gente tem espalhado pelos quatro cantos do mundo que os peidos são algo de mau tom e que prejudicam toda a estética de um momento. Nada podia estar mais errado! É que para além do uso abusado de palavreado inútil, eu também tenho uma teoria sobre estes peidos. E os peidos demonstraram vezes e vezes sem conta que são de uma importância vital para o desenvolvimento da Humanidade e para o estágio a que chegámos.




Eis uma pequena cronologia que eu fiz para vocês:

100 000 a.c. - O André Marosca (naquela altura homem-de-neandertal hoje merceeiro), andava à procura de um ramo de flores para oferecer à sua recém conquista Blimunda dos Bosques. Ele tinha a encontrado a beber água num lago e bateu-lhe na cabeça de pau feito. Pau de madeira vá. Quando o André encontrou as flores, um terrível predador felino apareceu por trás. Como o André tinha comido uma feijoada na tasca do Zé, uma hora atrás, mandou um peido tremendo que o predador felino fugiu. Isto parece coisa pouca, mas a verdade é que André é ascendente directo do Joca. E  Joca é primo, em segundo grau do Carlos Pinto. E quem é o Carlos Pinto? Nada mais nada menos que marido da irmã do César que, um dia, viu o Michael Jackson quando este ainda tinha nariz. 
1 d.c. - Orgasmus Maximus era um simples legionário que patrulhava as ruas de Belém. Não era sequer um bom legionário, era sempre apanhado nas termas públicas a masturbar-se com papiros eróticos. Tinha sido mandado de volta do Egipto por razões semelhantes,  não numas termas mas dentro da pirâmide de Cleópatra. Há quem diga que essa é a razão porque todos os sarcófagos egípcios têm os olhos abertos, à espreita do legionário Orgasmus Maximus e as suas escapadinhas nocturnas.

Orgamus Maximus passou por uma cabana, onde estava um bebé a chorar. Entrou e viu um cândido bebé. Cheio de pureza e beleza. Algo acalmou o coração do promísuco legionário, como estivesse a olhar para o Rei dos Reis. O Senhor de todos os Senhores. O Anjo dos Céus. Enviado para salvar a Humanidade.
E cheio de energia e beleza. Orgasmus só pode fazer uma coisa... por motivos de auto-censura, o próximo parágrafo vai ser substituído por um poema de uma criança de 6 anos:

Eu sou o João
Gosto de andar
No iate do meu irmão
E de andar a passear
Em cima da minha tia
A minha tia é muito bonita
O meu pai também acha
A minha mãe nunca mais apareceu em casa
Desde que discutiu com o meu pai
O meu pai gosta de facas
Dá para cortar e não faz barulho
Agora a minha Tia é minha mãe
Eu gosto do iate do meu irmão

1939 d.c.
Estaline estava sentado numa mesa branca, no meio de um grande jardim verde, rodeado de rosas. À mesa com ele estava o seu compincha Hitler. Hitler vestia umas jardineiras roxas e uma t-shirt dos Ramstein, na sua tour de 2008. Ambos bebiam um copo de Porto e discutiam um plano para anexar Portugal.

O seu projecto era criar um resort agradável. Hitler era da opinião que os sobreviventes da 2ª Guerra Mundial e os seus filhos necessitariam de um viável e solarengo campo de golfe, restaurantes pitorescos com bom peixe grelhado e gente simples, que aprendesse a sua língua germânica por necessidade e ignorasse a própia.

E estavam a discutir os se's e os como's quando o sub-secretário de Estaline, Igor Raskanioff, aproxima-se. Trapalhão e inseguro deixa cair todos os papéis que trazia. Levanta-se depressa e senta-se ao lado de Hitler, acariciando o bigode do mesmo.

"Ich ke estás bin a fazer swaiza traiza? Esta é meine bigoden!" - declara ferozmente Hitler.
"Perdãov carissimisky ditadorzisky! Mas achei que estava tortosky!" -diz inocentemente Igor.
"Trostsky? Onde! Onde?" -gritou Estaline e disparou três tiros no ar, atingindo um cisne que cai em cima do ponche.
"Chaiça!"
"Nie falai palavreadistky tavarich. Este cisne era kapytalysta. Vê-se porke proletário ke é proletário...nie tem dinheirisky para voar.
"Sprechen komo und verdadeiren zozialisten!"

Admiraram o cisne capitalista que jazia no ponche e atrás de si os magníficos Alpes, como se fosse uma verdadeira imagem de propaganda anti-capitalista. E Hitler e Estaline, olharam um para o outro, assim como que confusos em relação às suas próprias doutrinas. Pediram por outro copo de Porto. Quando iam recomeçar a conversa, Igor peidou-se.

"Chaiça! Kein peidou?"
"Da! Da! Que foi itsky, itsky?"

"Perdaõv carissimiskys ditadorziskys. Komi feijoadiska." e peidou-se de novo.

Desta parecia uma trovoada. Como se os gigantes da mitologia grega ganhassem vida e tivessem aparecido para uma festa de kuduro. Os peidos repetiam-se, não parávam. Esta era uma melodia pouco preciosa e nada convidada para a discussão. PUM! PADABIM! PATATATATAPAF! Os peidos multiplicavam-se! Não era isto que queriam dizer quando afirmaram " crescei e multiplicai-vos!". Mas, porém, foi o que aconteceu. Igor já nem conseguia sentar-se na cadeira. Dava pequenos pulos, sempre que peidava e estes iam crescendo e crescendo! Hitler ficou nervoso e começou a fazer a saudação nazi a cada peido e começando a discursar. Por alguma razão apreciou o poder e estrondo de tais peidos assim como uma chuva de blitzkrieg e isso motivou-o para um novo discurso sobre o desenvolvimento económico e a criação de emprego alemão.

Estaline começou a pisar formigas. Não sabia o que fazer nesta situação e nada o acalmava mais que espezinhar os inferiores.

E quanto a Igor? Este peidou e peidou e peidou. Qualquer percussionista teria inveja dos ritmos que este fazia. Há quem diga que um jovem jamaicano estava  passar por lá e, no meio de tanto peido, ouviu um ritmo tão estiloso que o motivou a criar o reggae.

Igor peidou e peidou e peidou com tanta força que voou até aos céus! Sendo o primeiro cosmonauta no espaço. E não o outro gajo que recuso-me a ir pesquisar o nome.

E graças a isso, Estaline e Hitler esqueceram do plano de conquistar Portugal. E assim continuamos independentes...não continuamos?