13 de julho de 2013

O que eu aprendi com o Big Brother


Os nossos autarcas são piores do que imaginava.



Socializar é um jogo.



O George Orwell tinha uma visão distorcida e doentia de um programa de televisão (além que se parece muito misteriosamente com o Zé Maria).


Os meus objectivos de vida podem ficar para depois do fim da temporada.



Se eu tivesse uma filha...

Se eu tivesse uma filha o único poster de gajos que ia ter no quarto são meus. A olhar para ela com ar de mau... mas sem t-shirt.

Se eu tivesse uma filha usaria um marcador para desenhar uma mono-sobrancelha. E mesmo assim conheço miúdos que lá iam.

Se eu tivesse uma filha ela nunca iria sair à noite. Para ela, o seu baile de finalistas seria uma volta pela varanda a ouvir Michael Bolton enquanto vê os seus colegas de turma a desbuchar a juventude na rua, ébrios e de calças para baixo a fazerem o helicóptero. A felicidade está a um salto de distância.

Se eu tivesse uma filha a sua melhor amiga seria uma freira virgem de 80 anos. Uma passarinha mais seca que as minhas piadas é exactamente o que uma jovem precisa para se sentir amargurada em relação ao seu futuro e desdém para com os homens.

Se eu tivesse uma filha queria que ela fosse chinesa. Assim pelo menos alguém na família seria boa em matemática. Mas também porque as chinesas quando são miúdas são muito fofas! Porém quando crescem ficam mesmo feias, então assim que ficasse feia metia-a a viver numa cave. Não quero cá olhos em bico a estragar as minhas fotos de família. Para a alimentar uso arroz da marca do Continente e entretenho-a com um livro de sudoku. 

Se eu tivesse uma filha só gostaria de homens! Nada de Ellen DeGeneres. Não quero bate-chapas na família.

Se eu tivesse uma filha iria ensinar que os homens transformam-se em lobisomens durante a noite e mordem os narizes das mulheres e é por isso que a mãe dela grita e chora todas as noites. Não tem nada a haver com a sua depressão latente e angústia por ser esposa de um antagonista social narcisístico que peida pseudo-teorias num blog egocêntrico.

Se eu tiver uma filha e ela ler isso estou tão tramado. Só espero que ela não comece a beber, fumar e pinar até aos 18. Fiz uma aposta com um amigo que a minha filha aguenta mais tempo que a dele sem pôr a passarinha a cantar por minhoca.