Uma é ir para a tropa. A outra é entrar no Mercado do Trabalho. Esta besta demoníaca de 8 cornos, garras afiadas, dentes gigantes, olhos sanguinários, e uma eterna fonte de estágios não remunerados.
A beleza dos tempos universitários e a ignorância do futuro foram duas coisas que estavam tão dentro de mim como um pervertido dentro de uma boneca insuflável. Durante os tempos académicos, além de rituais ébrios, enchi-me de uma intelectualidade precoce e não fundamentada. Ejaculava facilmente pseudo-teorias e opiniões tão educadas como a linguagem de um gajo da Ribeira do Porto. Pensar que temos razão não faz de nós génios. Mas há muita malta que pensa que sim. E eu pensava, além que percebia tanto do mercado do trabalho como percebo do orgasmo feminino. Uma casualidade à qual de vez em quando tropeço.
Só quando saí dessa bolha e dei início ao ritual do "enviar cv's" é que percebi o quanto fora da realidade estava.
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