24 de agosto de 2012

Só me apaixono, porra!


Desde que vim para Lisboa parece-me, parece-me (!) que voltei aos meus simpáticos e dolorosos anos de adolescência. Aquela altura em que nos apaixonávamos todos os dias, numa média de 3 gajas diárias. Um ratio lixado para quem ainda mal sabia brincar com a pila.

Eram tempos em que as discussões baseavam-se muito em qual era melhor, FIFA ou PES, hoje em dia já pouco discuto tal coisa, apenas apresento a minha opinião, opinião que, tendo em conta a minha avançada idade, jamais será mudada. Assim como jamais se poderia tornar o Hitler um não-nazi. Ou tornar o Hitler num unicórnio voador que vomita rebuçados. Acreditem, eu tentei.
Hitler-Unicórnio

Mas tenho a ideia, tenho (!) que de facto voltei a uma mentalidade romântica dos tempos de pré-destruição do meu ser. Tempos que envolveram uma tempestade enorme de gajas que para além de constantemente me desiludirem, tinham mamas pequenas. 

Tempos em que um sorriso, um olhar, significavam uma promessa de felicidade. Será possível que a ignorância e ingenuidade voltaram em força para esta velha carcaça de merda?

Não foudasse! Afastai de mim! Afastai! Já passei por esta fase, eu sei como acaba. Acaba num canto choroso, rodeado de lenços de papel para lágrimas e esperma. Uma combinação triste, molhada e fomentadora de escritores.

Eu tenho reparado que nestes últimos dias a minha taxa de libido já aumentou mais que a taxa de desemprego nacional!

DLING! DLING! DLING! Pedro conseguiu inserir uma piada política no meio do seu texto, por favor! Um aplauso a este génio!

Eu sei que isto é uma cena interna, porque lá no algarve o que não faltam são gajas boas. E eu não me apaixonava, eu pinava. São duas cenas muito semelhantes, mas a última é mais barata.

Agora, será que isto é a merda de algum relógio biológico que me está a tentar assentar, parar, ou de alguma forma acalmar o génio explosivo que é a minha subida meteórica ao estrelato? 
"Ai é? Queres te concentrar em melhorar o teu trabalho? Bem, vai-te foder, não vais. Agora vais pensar ainda mais em gajas todos os dias. E não só em atributos físicos como vou te foder à grande! Vais ficar fixado em todas elas! TODAS! TODOS OS DIAS! Acabaram-se a piadas meu chapa, agora vai à merda!"

A única forma de acalmar esta onda romântica é ligar a rádio na RFM, na hora do Oceano Pacífico e relembrar-me porque não me apaixono. É aborrecido e sem ritmo.

19 de agosto de 2012

Força proletário!

É verdade! Fugi das malhas do desemprego, da inocência imberbe de quem concluiu uma licenciatura sem saber o que fazer da vida.

Sou agora um corajoso operário nas filas do trabalho e um invejável contribuidor para o Estado.
A minha vida finalmente endireitou-se e sou um gajo sério, pés na terra e cumpro o papel que a sociedade me pede. Finalmente tudo corre como deve ser.

NÃO! Qual quê caralho! Ainda no outro dia estava a andar até ao meu trabalho quando fui interpelado por um monstro enorme. Todo ele era feito de olhos.  Não me sentia tão observado desde que corri nu pelas ruas de uma cidade! A rua estava tão fria que os meus tomates reduziram para o tamanho de partículas subatómicas, criando todo um universo alternativo, para o qual fui sugado por um vórtice verde e roxo!

OH NÃO! TCHAN! TCHAN!

De uma forma psicadélica e estonteante fui absorvido pelo universo paralelo criado dentro dos meus tomates, uma imagem horrorosa para alguns, porém aliciante para outros, estou a olhar para ti, cegonha sexualmente perturbada!.

Não queria apontar nomes cegonha sexualmente perturbada, mas era a única forma de usar uma comparação ridícula o suficiente para manter o estilo absurdo a que me proponho. É uma questão de estética, portanto.

Neste universo não havia nexo, as história começavam e rapidamente perdiam o seu enredo, inventando formas mirabolantes de completamente ridicularizar a atenção do leitor com mudanças bruscas no fio da história.
O quê? Um dinossauro gigante com ultra-lasers colados nas costas está a fugir de um banco com uma refém e um saco cheio de dinheiro?

Ah, não podemos seguir esta história? Porquê? Hmm o Pedro não sabe desenhar um dinossauro com ultra-lasers colados nas costas a fugir de um banco com uma refém e um saco cheio de dinheiro...

Ok, eis uma caixa!
E com isto vos deixo, eu, Pedro, responsável, lúcido e pessoa séria e trabalhadora. É isto que o mundo gosta, uma cambada de pessoas sérias, a fazer cenas sérias, a acabar a morrer de uma forma séria.

Merda, é impressão minha ou acabei de contar uma história em como eu fui viver para dentro dos meus tomates 0.o?

14 de agosto de 2012

A Balada do Hipster do Bigode Mágico


Parte 1: A Casa de Férias do Pescador de Saia Roxa

O Rapaz aproximava-se da enorme cidade à sua frente, quando de repente o mar sentiu-se mal do estômago e começou a vomitar ondas e remoinhos. Os céus queixaram-se do barulho com relâmpagos, trovões, raios, chuva e gaivotas com diarreia.
Uma cornucópia de merda caía em cima da cabeça do Rapaz, pelicanos, gaivotas, andorinhas, cegonhas e pilotos da TAP desgostosos com a sua situação salarial defecavam uma sinfonia de merda.
 O mar, revoltoso, empurrava o Barco Azul-Celeste para a esquerda e para a direita, respeitando um beat à lá DubStep. Num instante mirabolante três ravers apareceram no barco do Rapaz e curtiram o Beat, até que o mar começou a entrar num ritmo mais de reggaeton e, assim como vampiros ao Sol, os ravers fugiram para os seus túmulos de ecstasy.
O Sol, que outrora iluminara o caminho do pobre Rapaz maricas, assustou-se com toda a comoção e escondeu-se atrás das suas nuvens guarda-costas, fugindo ao som da música I Will Always Love You  da Whitney Houston.

O Rapaz tentou segurar-se ao Barco Azul Celeste, rezando pela sua vida e lembrando-se de todos os amigos que tinha feito ao longo da sua pequena viagem. Quem surgiu com mais força foi o seu amigo Pescador com Saia Roxa, empunhando a sua majestosa cana de pesca feita de dildos e papel higiénico. Pensou na Princesa que nunca salvaria e no Reino de terror que o tal Dragão Vermelho iria impôr no mundo.

Pela primeira vez o Rapaz ficou triste, e com uma última onda gigante, o Barco Azul-Celeste virou-se e a tempestade venceu.

Enquanto o Mar ia puxando o pobre Rapaz para o fundo, o Rapaz viu uma última vez as luzes das arranha-céus à sua frente, a música da cidade apagou-se lentamente, assim como a criatividade do autor desta história, este péssimo autor que enche um texto medíocre com piadas sobre sexo, cocó, pedófilos e homossexualidade. Uma alma imatura, num mundo sério.

Obrigado. Estive bem agora.

Gostaram? Vamos ver o que os mais importantes periódicos do País têm a dizer sobre A Viagem do Barco Azul-Celeste!!!






Agora, sem mais demora, veremos o que aconteceu à carcaça do Rapaz.

No vazio, no negro, nas profundezas. O Rapaz sentiu o pouco que ainda tinha de vida a desaparecer. Ao longe, ouviu os cânticos medievais de anjos atrasados culturalmente e bisexuais.  As suas doces vozes embalaram o Rapaz e este sentiu-se puxado por uma mão.
Mas que é isto? Esta mão não é suave como um rabo de um bebé? Que anjo poderia ser este que o resgatava de uma morte poética e romântica?

Era uma mão velha, rugosa, coberta de cocó duro e velho. Era uma mão de sabedoria, de quem tinha trabalhado a vida toda e/ou masturbado em demasia durante a sua puberdade. Lentamente o Rapaz percebeu quem era o seu anjo. E não era nenhum mariquinhas com vestes brancas, asas de ganso e harpa. Era o Pescador de Saia Roxa que tem um Pénigina. Com uma mão segurou a vida do Rapaz e com a outra não largava a sua cana de pesca distinta.

-Tu? Foudasse. És mesmo tu! –gritou espantado o Pescador.
-É desta que vou perder a virgindade do meu buraco de descargas? –disse inocentemente o Rapaz.
-Hein? O quê? Claro que não porra! Foudasse és mesmo rabeta pá. Não jovem Rapaz, eu senti que estarias aqui e que precisavas de ajuda. Além do mais, eu preciso da tua ajuda!
-Da minha ajuda? Foi você que me enviou aquela mensagem na garrafa?
-Olha que géniozinho de merda que me saíste hein? Claro que fui eu. O Hitler não foi de certeza não é? Sim pá, preciso da tua ajuda. Anda, vem comigo até à minha casa de férias. Vou-te contar tudo lá.
-E violar-me?
-Não porra! Tu e a violação...já percebemos ok? Já chega dessas indirectas. Não te tocava nem com a minha cana de pesca.

O Pescador levou o Rapaz até à sua Cabana de Férias, aonde iria explicar o que se passa na Cidade Que Não Dorme.

Não percam a próxima aventura da Balada do Hipster do Bigode Mágico, na Saga da Viagem do Barco Azul Celeste!

9 de agosto de 2012

Adeus ó Verão!

O meu verão aproxima-se do seu fim. As noite preenchidas por porcas bailarinas, fumo e adolescentes desejosos de brincar às casinhas aproximam-se do seu clímax e a última faixa do álbum já iniciou.

As porquinhas não vão desaparecer, o fumo continuará estagnado e os adolescentes ainda querem crescer depressa, mas o que muda com o fim do "meu" verão é a perspectiva em que devo tolerar tamanha cambada de ébrios com o cio e de copos de cerveja derramado a meus pés.

Adeus a essa merda! Pontapé de Kung-Fu no cu de todos os pseudo-hipsters que resolveram ser cegos e usar óculos este verão. Pior que hipsters é malta pseudo-hipster, a noção já em si transforma-se num autêntico furacão de absurdidade que o meu estômago já decidiu pôr-me a vomitar com tamanha conceptualização. Enquanto vomitava saíram-me três hipsters, que prontamente, correram para ir ouvir música alternativamente popular.

As raparigas abanam os rabos ao som de ritmos simples e repetitivos, com o ocasional "drop the bass", para manter as coisas interessantes. As feromonas competem com o cheiro de vómito, recentemente descarregado, pelo controlo do cheiro ambiente.
Enquanto fêmeas perpetuam um ritual de acasalamento inalterado ao longo dos tempos os rapazes aproximam-se que nem um velociraptor a uma presa. Imaginando que os velociraptores caçam com a pila. O Parque Jurássico teria sido um filme bastante mais bi-curioso se assim o fosse.


Fica então um belo quadro a aguarela, raparigas rodeadas de rapazes, esperemos que esta malta ajude a taxa de natalidade a aumentar. Ou ao incremento de DST's. Eu aposto na última tendo em conta o que vejo acontecer à noite à porta da minha casa. Eu até os convidava a minha casa, mas ultimamente tenho-me deixado de orgias. A malta desarruma tudo e depois quem limpa sou eu.

Mas eu não me posso realmente chatear com isso. Eu próprio perpetuo tais rituais e mantenho uma saudável taxa de porcas no meu ratio de gajas engatadas. Este texto todo é pura hipocrisia de quem de facto vai ter saudades do verão e perpetua a merda.

Saudades das porcas, do fumo, da música, do barulho, do calor. Mas não dos putos adolescentes. Esses podem ir à merda.

Agora com licença, um estranho portal abre-se à minha frente, lá dentro vejo muita cena psicadélica que me cativa . Abrir a mente leva a um desafio mais complexo e gratificante que abrir as pernas de uma rapariga. E há menos doenças relacionadas.

Uma nova aventura aproxima-se. E vou adorar partilhar com quem quer que seja que vem ao Foudasse Pedro cada passo desta Odisseia Absurda, a que chamo vida.