19 de agosto de 2012

Força proletário!

É verdade! Fugi das malhas do desemprego, da inocência imberbe de quem concluiu uma licenciatura sem saber o que fazer da vida.

Sou agora um corajoso operário nas filas do trabalho e um invejável contribuidor para o Estado.
A minha vida finalmente endireitou-se e sou um gajo sério, pés na terra e cumpro o papel que a sociedade me pede. Finalmente tudo corre como deve ser.

NÃO! Qual quê caralho! Ainda no outro dia estava a andar até ao meu trabalho quando fui interpelado por um monstro enorme. Todo ele era feito de olhos.  Não me sentia tão observado desde que corri nu pelas ruas de uma cidade! A rua estava tão fria que os meus tomates reduziram para o tamanho de partículas subatómicas, criando todo um universo alternativo, para o qual fui sugado por um vórtice verde e roxo!

OH NÃO! TCHAN! TCHAN!

De uma forma psicadélica e estonteante fui absorvido pelo universo paralelo criado dentro dos meus tomates, uma imagem horrorosa para alguns, porém aliciante para outros, estou a olhar para ti, cegonha sexualmente perturbada!.

Não queria apontar nomes cegonha sexualmente perturbada, mas era a única forma de usar uma comparação ridícula o suficiente para manter o estilo absurdo a que me proponho. É uma questão de estética, portanto.

Neste universo não havia nexo, as história começavam e rapidamente perdiam o seu enredo, inventando formas mirabolantes de completamente ridicularizar a atenção do leitor com mudanças bruscas no fio da história.
O quê? Um dinossauro gigante com ultra-lasers colados nas costas está a fugir de um banco com uma refém e um saco cheio de dinheiro?

Ah, não podemos seguir esta história? Porquê? Hmm o Pedro não sabe desenhar um dinossauro com ultra-lasers colados nas costas a fugir de um banco com uma refém e um saco cheio de dinheiro...

Ok, eis uma caixa!
E com isto vos deixo, eu, Pedro, responsável, lúcido e pessoa séria e trabalhadora. É isto que o mundo gosta, uma cambada de pessoas sérias, a fazer cenas sérias, a acabar a morrer de uma forma séria.

Merda, é impressão minha ou acabei de contar uma história em como eu fui viver para dentro dos meus tomates 0.o?

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