10 de março de 2012

Masturbação com a Mão Esquerda

Há uns dias estava a cagar quando me veio uma reflexão. Eu sou dextro, escrevo com a mão direita, uso o pé direito no futebol e masturbo-me com a mão direita.

Sinto-me confortável com ela, ela conhece-me bem, acompanhou-me nos meus dias de menino e de experimentação e tem-me acompanhado agora nos meus 22 anos.

É a minha relação de maior duração, se bem que costumamos acabar quando arranjo namorada e voltamos quando a namorada percebe que algo está mal na minha pessoa. Sou demasiado fixe.

Mas cheguei a um ponto onde já me satura, a mão direita não traz nada de novo para a relação, faz sempre o mesmo. É só despachar, checkar os resultados no Record e ir para a cama.

Não nos falamos nunca, temos interesses diferentes e quando chega à parte de satisfazer-me, é logo a despachar porque ela tem que ir fazer outras coisas. Por outras palavras, estou num casamento.

A nossa mão direita (esquerda para quem é canhoto) é como a nossa esposa. Já nos conhece muito bem, não nos vai surpreender, conhecemos o seu toque e não é como se a metesse numa roupa mais sexy que a conclusão seria diferente.

Acreditem, eu tentei com luvas de todos os feitios. Falta-me experimentar com lantejoulas, merda devia ter testado antes de escrever isto. Esperem um minuto...

Népia, foudasse.

Foi aí que tive uma ideia! Porque não partir numa aventura? Chegar onde homem algo arriscou ir?
Usar a mão esquerda?

Porra, genial! Melhor ideia nunca poderei ter tido. Eu devia ser um daqueles gajos que têm ideias que valem milhões de euros. Usar a mão esquerda! Génio!

Se por um lado a mão esquerda, inexperiente, é como uma adolescente virgem, por outro é como se fosse apenas uma exótica mulher de uma terra muito, muito longe, que tem um método de fazer as coisas que desconhecemos.

Dessa forma é como se tivéssemos em território desconhecido. Na Amazónia das punhetas.

Decidi então ir sair para jantar com a minha mão esquerda, também trouxe a direita, mas esperava conseguir fazer tudo às escondidas.

O jantar correu bem, a mão direita não desconfiou de nada e mais tarde, já em casa, fiz uma abordagem final e fui ver como corria.

Resultado?

Foi esquisito à primeira, tive que lhe indicar o que devia estar a fazer, o que me poliu o ego, pois tinha que comandar! Mas depois...

Uau! Quem é esta? Que tá ela a fazer, não é assim que a direita faz. Uau! Mas resulta!

É esquisito mas confesso que foi qualquer coisa como sair um arco-íris da nossa boca, com póneis a cavalgarem por cima desse arco-íris, montados por anões a tocar trombones.

Que momento!

Que audácia!

Sou um herói!

Quando terminei dei uma palmadinha nas minhas costas a congratular-me, por sorte usei a mão direita e não a esquerda...por razões óbvias.

Mas depois de toda esta experimentação devo dizer que...senti saudades da mão direita.

E comecei a sentir remorsos, como se tivesse acabado de trair a minha mulher. Senti-me sujo, acabado de fornicar com uma amante num qualquer motel medonho.

No final decidi acabar tudo com a mão esquerda e hoje em dia apenas mantemos contacto quando é preciso segurar uma cerveja ou assim. Ela tem andado bastante alcoólica ultimamente.

Posso dizer com segurança que hoje em dia, eu e a minha mão direita estamos melhores que nunca, numa relação que espero ser longa. Mas cheira-me que daqui a pouco tempo iremos dar um tempo outra vez. Decerto para nos juntarmos uns tempos depois.

Mão direita, és aborrecida, mas cumpres o teu papel na perfeição! Este post é dedicado a ti! Agora com licença, vou só fazer umas cenas, checkar os resultados no Record e dormir.

3 comentários:

  1. Arranja uma gaja por amor de deus!
    Masturbação só na dá!

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  2. kkkkkkk..... uma das coisas mais engraçadas e bem escritas que já li ultimamente...kkkkk boa sorte com sua nova parceira...kkkk

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  3. foudasse pedro! ès o máior!

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