4 de abril de 2013

O Mercado de Trabalho ou : Como Eu Aprendi a Deixar de me Importar e Amar O Caos

Há duas coisas que nos dão um pontapé nos rins para dentro da vida adulta como mais nada o faz:

Uma é ir para a tropa. A outra é entrar no Mercado do Trabalho. Esta besta demoníaca de 8 cornos, garras afiadas, dentes gigantes, olhos sanguinários, e uma eterna fonte de estágios não remunerados.



A beleza dos tempos universitários e a ignorância do futuro foram duas coisas que estavam tão dentro de mim como um pervertido dentro de uma boneca insuflável. Durante os tempos académicos, além de rituais ébrios, enchi-me de uma intelectualidade precoce e não fundamentada. Ejaculava facilmente pseudo-teorias e opiniões tão educadas como a linguagem de um gajo da Ribeira do Porto.  Pensar que temos razão não faz de nós génios. Mas há muita malta que pensa que sim.  E eu pensava, além que percebia tanto do mercado do trabalho como percebo do orgasmo feminino. Uma casualidade à qual de vez em quando tropeço.





Só quando saí dessa bolha e dei início ao ritual do "enviar cv's" é que percebi o quanto fora da realidade estava.


Não vou amaldiçoar a pouca actividade laboral que tenho tido. A bruteza e selvajaria do mercado de trabalho fortalece um gajo. Ou reinventas o que és ou o que fazes, ou nem para caixa de supermercado vais. Ninguém te deve nada, nós devemos a todos. Abraçar esta anarquia totalitária (atiro mais conceitos para o ar que um pseudo-comunista) é agarrar os tomates e correr contra o touro. Só o futuro me dirá se tenho jeito para forcado, ou para ser enrabado por um touro raivoso e bi-curioso. Aceitam-se apostas!

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